Que tipos e estilos de candeeiros existem?

Sílvia Cardoso—homify Sílvia Cardoso—homify
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A iluminação está para uma casa como a maquilhagem para um rosto. Quando bem utilizada, tudo há a ganhar. Os espaços tornam-se mais acolhedores e funcionais, o nosso quotidiano mais prático e as nossas escolhas decorativas saem valorizadas. 

Não devem, por isso, ser escolhidos ao acaso os candeeiros que distribuímos por cada divisão. Há que posicioná-los estrategicamente, nem que para isso tenhamos que os experimentar em vários sítios até chegarmos a uma conclusão. Para além disso, e porque cuidar do planeta importa, é importante considerar opções mais ecológicas que até podem ser mais caras, mas são muito mais duradouras. Por fim, fique a saber que tipo de luz deve usar em casa divisão e recanto. A iluminação existe em várias tonalidades e umas são mais favoráveis a certas actividades do que outras. 

Esmiuce o artigo que lhe deixamos e, olhe… faça-se luz! 

Candeeiros de tecto

As luzes de tecto existem em quase todas as divisões e, normalmente, são as primeiras que acendemos quando nelas entramos. Estes candeeiros difundem uma iluminação abrangente que envolve por completo o espaço onde estão colocados. Contudo, não significa que nesse mesmo espaço, não se coloque outro tipo de candeeiros. Muito pelo contrário. Falaremos disso mais à frente. As luzes de tecto podem estar suspensas a meio da divisão, podem desembocar sobre uma mesa de sala de jantar ou mesinha de cabeceira—em vez do tradicional candeeiro de mesa – e surgir enquanto verdadeira peça statement numa divisão. Há candeeiros de design que ficam sublimes a ornamentar uma divisão e, não raras as vezes, até bastam eles para marcar a diferença e elevar a decoração. Encontramo-los pendurados a alturas distintas, uns mais altos e outros quase a tocar no mobiliário. Esta última forma é tendência.

Candeeiros de mesa

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Na mesa de cabeceira, numa mesa de apoio, num bonito aparador atrás do sofá, na sala, no hall ou no corredor, na cómoda do quarto, no móvel da televisão, na secretária e até no balcão da cozinha ou na casa de banho. As aplicações dos candeeiros de mesa são, como vê, inúmeras e um espaço fica tão mais aconchegado com vários candeeiros deste tipo distribuídos por aqui e por ali também. Uma sala de estar, por exemplo, tem, possivelmente, várias zonas de lugares sentados que carecem da sua própria iluminação. Um sofá ou uma zona de leitura merece uma luz directa que convide a um bom momento de leitura. Já num aparador, pode pôr um par de candeeiros com pés ou abajures que se destaquem no espaço e que se desenhem em altura, dando um aspecto mais elegante. Seja criterioso a escolher o estilo dos candeeiros. Eles não têm - nem devem—ser todos iguais, mas convém uma ligação harmoniosa entre eles para que a sua casa não pareça uma loja de candeeiros. 

No quarto, o candeeiro de mesa também é utilizado amiúde, seja na mesa de cabeceira ou na cómoda que fica particularmente requintada com este elemento. No entanto, se o seu quarto for muito estreito, prefira luzes suspensas. 

Normalmente, não associamos estes candeeiros a espaços como a cozinha ou a casa de banho, mas não sabemos o que andamos a perder. Um pequeno candeeiro de mesa nestes locais da casa são um pormenor original e muito—muito!—charmoso.

Candeeiros de pé

Imagine uma sala de estar normal. Peças convencionais e confortáveis, almofadas e outros elementos familiares. Mas, falta algum drama. Como podemos obtê-lo? A resposta é simples: recorra a um candeeiro de pé alto ou escultural e coloque-o de um dos lados do sofá ou ao lado de uma bela poltrona.

Estes candeeiros são, igualmente, ideais para decorar esquinas. As esquinas das nossas divisões são normalmente deixadas vazias. Para que isso não aconteça, pode decorá-las com uma planta ou um candeeiro de pé. Hoje em dia, vemos muitos candeeiros apoiados em tripés, a lembrar um cavalete ou com um desenho em arco que se debruça sobre a área onde precisa de boa iluminação como um sofá ou uma mesa.

Apostar numa lâmpada destas pode ser a lufada de ar fresco que anda mesmo a fazer falta à sua casa.

Luz directa

O que é a luz directa? É a luz que incide directamente sobre as superfícies. A luz directa é importante em locais onde têm lugar as mais comuns tarefas diárias. A cozinha, por exemplo, carece deste tipo de iluminação. Cozinhar com pouca luz, pura e simplesmente, não funciona. Para além da luz de tecto, insira luzes sobre os balcões e, tal como sugerido, aposte em candeeiros de pé para dar um toque diferente ou num candeeiro em arco que se debruce sobre a área de refeições. Na casa de banho, também importa termos luz directa para que não tenhamos dificuldades em desenvolver as nossas actividades rotineiras como pentear o cabelo, escovar os dentes ou, no caso das meninas, cuidar da maquilhagem. Para recantos de trabalho ou leitura, e zelando pela suas “boas vistinhas”, também é muito importante ter um foco de luz directa que facilite o uso do computador ou as suas leituras.

A maior desvantagem em relação a este tipo de iluminação é o facto de ser mais cansativa por ser maior o contraste entre a parte iluminada e as sombras. Esta desvantagem agrava-se se a luz incidir sobre superfícies muito claras, como o mármore. Se for este o caso, opte por luz indirecta.

Luz indirecta

Como o próprio nome indica, a luz indirecta é como que filtrada, isto é, incide sobre uma superfície que a reflecte. Esta iluminação é mais delicada e intimista, contrariamente à luz directa, mais invasiva. A luz indirecta aparece embutida nos rebaixamentos do tecto, no chão ou atrás das estruturas como é o caso da cabeceira de cama da imagem. Esta opção é ideal para ambientes onde procuramos despender momentos de lazer como é o caso do quarto. Note-se, porém, que a luz indirecta pode ser combinada com a directa numa só divisão. Imagine a casa de banho. Pode ter a luz directa no lavatório para se arranjar e uma luz indirecta para quando quer tomar um relaxante banho de imersão. A luz indirecta aquece menos do que a luz directa ao que se alia o conforto visual que transmite. Contudo, não é adequada em divisões muito escuras que não integram superfícies claras para que ela reflicta.

Quantidade de luz

A quantidade de luz é medida em termos de quantidade de iluminação – lúmens por metro quadrado—num plano de trabalho ou superfície de uma divisão.

Assim, e em jeito de conclusão, áreas de estar e lazer carecem apenas de uma certa quantidade de luz, suficiente para estar confortavelmente instalado e, porventura, ter à sua disposição um candeeiro se precisar de ler ou trabalhar no sofá. Os corredores também não precisam de ser muito iluminados. Já as escadas, e porque não queremos pernas partidas, exigem bons pontos de luz.

Além disso, a quantidade de luz deve ser considerada em função de cada tarefa e pessoa. Precisa de mais luz para costurar do que para ler, precisa de mais luz para andar no corredor a avó de 70 do que o neto de 20. O importante é mesmo estar ciente das suas necessidades e a elas adaptar a luz em sua casa. Nada de forçar a vista ou ir a meio da noite às apalpadelas pelo corredor fora! A introdução cirúrgica de pontos de luz em sua casa é fulcral. Repare na imagem desta sala onde vemos candeeiros flexíveis na zona de leitura, candeeiros de pé e de mesa em torno do sofá e luzes embutidas no tecto a todo o redor. Cada uma importante, cada uma com uma função.

Tonalidade da luz

Há várias lâmpadas com várias temperaturas de cor. Existem ambientes mais intimistas, com luzes mais avermelhadas ou alaranjadas, e outros mais estimulantes com luzes brancas ou branco-azulado. A temperatura da cor é expressão em graus Kelvin.

Então, por que luz deve adoptar? Bom, isso depende daquilo que quer sentir quando chega a cada espaço. Normalmente, as luzes mais quentes são utilizadas em zonas de estar e lazer como as salas e os quartos. Já às luzes brancas, vemo-las com mais frequência em espaços de utilidade mais prática como a cozinha e a casa de banho. Mas, por exemplo, pode cozinhar sob uma luz branca e depois se jantar na cozinha, desliga a branca e liga um candeeiro com uma luz mais amarelada para sentir mais aconchego enquanto janta. A presença de uma num espaço não impede a presença de outra.

Retenha, então, esta fórmula:

- Luzes amareladas ou alaranjadas: sensação de aconchego, intimismo e descanso

- Luzes brancas: mais estimulantes, ideais para áreas de serviço

Diferentes tipos de luz

Há um sem fim de tipos de lâmpadas disponíveis no mercado que cobrem todas as necessidades práticas e orçamentais. As incandescentes, de luz amarelo, são as mais populares, ainda que despendam mais energia e emitam muito calor. Estas lâmpadas deverão, em breve, ser completamente substituídas por opções mais sustentáveis. As lâmpadas fluorescentes são 80% mais económicas e duradouras. Encontramo-las amiúde em cozinhas, garagens e edifícios institucionais. As luzes halogéneas assemelham-se às incandescentes sendo, porém, mais potentes e ideais para incidir sobre elementos decorativos que queremos ver mais destacados ou valorizados. Por fim, e em jeito de “regresso ao futuro”, não nos podemos esquecer das famigeradas LED, uma opção muito moderna com cerca de 50 mil horas de vida útil. São, assim, as lâmpadas mais duradouras do mercado e ganharam a preferência de muitos consumidores.

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